sábado, 2 de abril de 2016

Se me permite uma opinião



Eu acho que desde que virei adolescente um certo dilema ronda minha vida: quando estamos maduros o suficiente para tomarmos uma decisão sem precisar de ajuda para tal coisa. Isso porque eu tinha (e ainda tenho) vários amigos que acreditavam que cada um deve fazer o que quer porque “fulano já está bem grandinho” ou que “más influências” não são desculpas porque, no final das contas, "cada um faz o que quer". Realmente, ninguém nos obriga a nada. Mas decidimos quão bom ou ruim é alguma coisa baseado em como nós e as pessoas ao nosso redor vivem a vida, pois elas ajudam a construir nossa visão de mundo.
Toda vez que eu achava que uma pessoa que eu gostava estava tomando uma atitude errada, eu sentia uma necessidade grande de falar meu ponto de vista sobre aquilo. Se depois disso, ela continuasse pelo mesmo caminho eu me sentia mais leve porque só assim eu acreditava que, realmente, ela estava decidindo baseada em sua própria opinião. Também acredito que liberdade é poder de escolha e só temos esse poder, se a gente conhece diferentes realidades e visões de mundo antes de seguir um determinado caminho.
Às vezes, por mais madura e experiente uma pessoa seja e por mais óbvias as coisas pareçam, tudo o que precisamos é de alguém que coloque uma situação de forma clara. Uma frase ou atitude de uma pessoa pode ser o turning point para a vida de outra. Nossas atitudes e pensamento, mesmo que sem querer, influenciam pessoas até quando não percebemos. Sejamos então, o impacto positivo na vida do outro.
Não iremos acertar sempre, mas que tentemos.
Certa vez, uma pessoa me decepcionou. As atitudes dela me fizeram muito mal e eu me senti uma completa idiota por ter acreditado nela. Me senti infantil e boba o suficiente por ter me enganado tanto com alguém. Mas ao conversar com uma amiga, eu percebi que me sentindo assim, eu estava me culpando por um erro que não era meu, mesmo que tivesse impactado minha vida. Não era eu que tinha falhado como pessoa ao acreditar em outro ser humano, mas sim o outro que errou ao não calcular que suas atitudes atingiriam outro alguém. Eu não quero dizer que a gente tem que ser responsável pelo o outro. Mas devemos ter ciencia de atitudes que atingem a vida alheia. Não era eu a boba por ter acreditado naquilo que era me apresentado, mas o outro que enganava passando a imagem errada. Se alguém erra com você, o problema não está em você.
Dizer isso, não é deixar de admitir que atitudes egoístas também se fazem necessárias em nossas vidas. O nosso papel não é consertar pessoas. Mas, se podemos influenciar a vida, os sentimentos, as palavras e as atitudes de alguém que seja positivamente. Seu estilo de vida é uma mensagem que você passa ao mundo, não seria ótimo se essa mensagem fosse inspiradora?
Eu vi em um filme que “nossas digitais não se apagam das vidas que tocamos”. Quais as marcas você quer deixar no mundo?

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