sábado, 15 de junho de 2013

Lar, doce lar

Uma das melhores sensações é se sentir pertencente à algum lugar. Ter um lar. E quando digo isso, não quero só dizer o lugar onde eu resido. Minha casa é meu lar. Mas hoje, com tantas mudanças na minha vida: de cidade, de humor, de necessidades, de vontades, conclui que essa palavra engloba muito mais coisas do que apenas um lugar físico. Lar, para mim, significa eu me sentir em casa. Consigo me sentir em casa no sotaque igual ao meu de um desconhecido na rua, ao assistir minhas séries preferidas, nas risadas dos meus amigos (tudo se torna tão mais engraçado quando compartilhado com alguém com o mesmo humor que o meu), me sinto em casa quando uma música que só eu conheço toca na balada, nas piadas internas de família, nas conversas com aqueles amigos que fico tempos sem ver, mas quando encontro é como se nada tivesse mudado. Sinto-me em casa quando alguém compartilha um problema e nem imagina que estou passando por algo parecido, quando vejo novas rotinas se tornarem apenas rotina, quando alguém sente vontade de me contar situações comuns do dia-a-dia, quando me mandam uma mensagem só para saber como estou, quando entendem meus medos, mas me incentivam. Hoje consigo me sentir em casa vendo um filme ou lendo um livro que me prenda, vendo a torcida do meu time no estádio, ou quando um cachorro vem brincar comigo. Às vezes, acho até estranho me sentir em casa longe de casa. Mas é encantador descobrir que meu lar são as palavras que me influenciaram, as pessoas que tenho na minha vida e os hábitos e tradições que mantenho independente de onde e como esteja. Porque como, um dia, alguém disse: a única constante da vida é a mudança. Por isso não devemos nos prender a como estamos e sim a quem somos: essa coleção de experiências e memórias. 

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