Olhei para os papéis que estavam no chão e até pensei em guardar alguns ou reaproveitá-los, mas, no fundo, eu sabia que eles não serviriam mais para mim. É como se, assim como na vida, certas coisas não só devem ser deixadas para trás, como chega uma hora que temos a necessidade de deixá-las.
Pode ser que aquela parede até funcionasse daquele jeito, se assim permanecesse. Mas eu não poderia fazer nada de novo nela. E por mais confortável que eu estivesse com ela daquela maneira, a sensação de não ter a liberdade de mudar me incomodava.
Hoje os papéis já não estão mais lá. Pode ser que um dia eles voltem ou nunca mais, quem sabe? O importante é que um dia estiveram e disso eu sempre vou lembrar, independente de como ela ficará no futuro e quão estranha essa mudança pareça agora.
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